CAEMA denuncia estrangulamento da rede de abastecimento d’água no bairro da União

Tubulação da Rede, Bairro da União
(Rua 13 de Maio)/Foto: João Leal

Por CARLOS FILHO - Em resposta a reclamações de alguns moradores por falta de abastecimento, a Gerência Municipal da Companhia de Saneamento Ambiental do Maranhão (CAEMA) buscou a mídia local para explicar as razões do irregular fornecimento da água potável. Foi dito que tudo se deve à baixa qualidade de construção do poço existente, ao extravio do mapa da rede de distribuição, ato de inteira responsabilidade da Administração passada, e ao comprometido terreno da área alagadiça .

O encarregado do Serviço Externo da CAEMA, João Leal, em entrevista à rádio Geração Jovem FM, durante o programa Coroatá em Debate apresentado pelo radialista e blogueiro Idalgo Lacerda, garantiu que todo o bairro terá abastecimento total.

POÇO RUIM - O problema do bairro da União está na difícil recuperação do poço P-28, construído no final da antiga gestão, durante forte apelo de campanha eleitoral. De acordo com laudo da CAEMA, perfuraram o poço sem dar vida útil à obra.

Houve limpeza com retirada de muita sujeira e água fétida. Mas, muita lama teve acesso à rede e, apesar de esforço concentrado dos técnicos da CAEMA, ainda não foi possível finalizar a desobstrução do sistema.

ÁREA ALAGADIÇA - O gerente explicou que a demora dos trabalhos se deve à baixa qualidade do terreno de algumas ruas do bairro. Lamentavelmente, ocorrem deslizamentos nas áreas alagadiças que podem comprometer os espaços das residências, como se registrou na Rua 7 de Setembro.

Equipamento de poço danificado,
sem manutenção por parte do
antigo SAAE/Foto: João Leal

A tubulação, segundo dados da CAEMA, fica a certa profundidade, cerca de 1,80cm, o que oferece tamanha dificuldade na execução da desobstrução da encanação antiga. A profundidade se deve à própria natureza do terreno que sofrera muitos aterramentos.

ÁGUA FORTE - Contudo, em várias outras ruas do próprio bairro, a água chega com muita força. Foi acionado o poço P-04, do Cajueiro. Os moradores estão utilizando inclusive chuveiros em suas moradias, conforto jamais experimentado no lugar. Um exemplo de bom abastecimento ocorre na Rua 13 de maio.

BALANÇO – Em quase dois anos de gestão, a CAEMA relata que fez investimentos significantes em Coroatá, considerando o acusado baixo nível de atendimento disponibilizado aos usuários, principalmente em relação à manutenção e fornecimento de qualidade. O abastecimento, de fato, era precário. Praticamente, não havia água na maioria das ruas da Cidade, inclusive no Centro.

João Leal informou que houve reparos de alto custo e reconstrução de vários poços, como aconteceu com o poço do Point Quente que estava totalmente inviabilizado. “Atualmente, o poço produz 120 mil litros de água por segundo. É água para toda a vida”, disse o técnico da CAEMA.

As ocorrências atuais giram em torno do estouro de tubulações devido à forte pressão do volume d’água. A rede de distribuição do Centro é muito antiga, feita de cimento, inadequada para a atualidade.

VIVA ÁGUA – Assim como no passado, do primeiro mandato da Prefeita Teresa Murad, em 1993, as famílias de baixa renda em Coroatá, agora, voltaram a ter o fornecimento gratuito, depois do corte, em 2005, determinado pelos Amovelistas [grupo comunista liderado pelo ex-prefeito Luís da Amovelar].

O Programa do Governo do Estado Viva Água garante o atendimento à população carente. Em janeiro último 1.401 famílias estavam cadastradas. Em abril, já eram 1.962 famílias, um benefício estendido de 41%.

EXPANSÃO - O Governo do Estado, por meio da CAEMA, está executando novas obras de perfuração de poços na capital e no interior, com a finalidade de aumentar a oferta de água para a população, totalizando a perfuração de mais de 200 poços.

Em Coroatá, novas bombas centrífugas de eixo vertical com vazão da ordem de 10 metros cúbicos por hora irão atender a população da zona rural beneficiando mais de 2 mil pessoas.

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